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domingo, 3 de julho de 2011

A Garota Dos Olhos Castanhos ( O Fim De Um Limite)

Para! Eu to mandando, para. Para, porque você já correu demais, da dor, dos outros, do inferno, da realidade. Então, minha última palavra a você agora é pare. E deixe, deixe a dor te fazer sentir as agulhadas, deixa os outros dizerem suas frescurar, deixe o inferno dessa realidade te amedrontar. Já chega de tudo isso, chega de tentar sempre fazer tudo certo, de ter sempre que sorrir, e dizer que tudo está muito bem, quando na verdade nada está bem há cinco meses. Você está cansada, está no seu limite, no limite que sua alma pode atingir. Então agora, deixe que os fios se arrebentem, caia no chão de uma vez. Mostre para todo mundo o que você vem guardado dentro de você por todo esse tempo, diga tudo o que te fez chorar todas essas últimas noite, e explique o porque de você estar tão chata, chorona e rabugenta. Porque as minhas risadas não são mais as mesmas, e o modo que eu faço vocês rirem não é igual. Eu mudei, e tudo isso é culpa de todo o mundo, todo o mundo que vem de mim. Não aguento mais, não quero mais. Morar dentro de mim tem sido tão insuportavél, ter que ver a rua tem sido um desafio. Porque eu só quero o meu cantinho, até tudo isso passar, até toda essa angústia ir embora, se for embora. Eu peço pelo amor de Deus, não me critiquem dessa vez, e não apontem dedos, POR FAVOR, isso são como balas de fogo para mim. Eu venho perdido a paciência com o mundo, e tudo isso tem feito mal a mim mesma. Mas, parece que eu me acostumei tanto em me fazer mal, que agora é rotina. Acho que o dentro de mim já morreu e voltou várias vezes, e eu nem sinto mais. Eu tenho tentado viver da melhor maneira possivel, mas eu não sou a mesma á muito tempo. Me tornei um monstro na minha visão. Alguém que não sabe mais se defender, e alguém que não sabe mais conversar, nem aturar, nem nada. Minha arma agora, é as lágrimas. É tudo tão sensível, que qualquer coisinha faz elas escorregarem, qualquer coisinha me faz escorregar. Eu odeio grosseria, isso tem feito um mal pior para mim. Não sei mais o que faço. Não sei quem eu sou, nem quem eu quero ser. Eu nem sei de mais nada. Eu só sei que eu destrui de vez aquela demente que morava em mim. Se isso é péssimo? É! Muito péssimo. Os segundos passam e tudo pulsa nas veias. Por quanto tempo eu ainda vou ter que conviver com os sufocos? Com a dor? Com essa tal tristeza? Já me criei tantas dores físicas para fazer isso passar. Já inventei coisas para chamar atenção, para ver se todos param um pouco, e prestem atenção, não em mim, mas na minha alma. Sem ombros, eu não quero. Sem conselhos, já foram dados todos. Sem tudo. Eu estou com o nada, o nada vem me visitar agora. Chega de sonhos. Vou acordar para a realidade. Vou tratar de correr atrás de algo cansativo que me faça destrair essas agulhadas. Não vou procurar caminhos, nem amores, nada. Vou viver parada, vou assumir essa tal garota que me habita, essa idiota que mandou embora a melhor parte de mim. Vou esquecer das estrelas, principalmente delas. Agora, eu não quero mais viver, eu só quero existir. É o que resta, pelo menos agora.

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